Japão

“TWITTER”: Nova espécie de ácaro

Uma equipe de pesquisadores japoneses e austríacos nomeou uma nova espécie de ácaro de “twitter” após sua descoberta por meio de fotos postadas na plataforma de mídia social por um fotógrafo amador em Chiba.

A nova espécie – formalmente chamada de “Ameronothrus twitter” – foi reconhecida depois que Satoshi Shimano, um professor especializado no estudo de ácaros da Universidade Hosei do Japão, descobriu as fotos postadas por acaso e entrou em contato com o autor da postagem.

Shimano disse que a descoberta mostra que as mídias sociais podem “ajudar a acelerar a descoberta de novas espécies” e até mesmo “contribuir para o desenvolvimento da ciência”.

A nova espécie de ácaro foi descoberta em maio do ano passado pelo pescador Takamasa Nemoto em um cais no porto de Choshi, na província de Chiba.

Embora ele não tenha pescado nenhum peixe naquele dia, os minúsculos insetos chamaram sua atenção e, como um grande fotógrafo e entusiasta de insetos, ele tirou fotos e as postou no Twitter.

Poucos dias depois, após troca de tweets, Shimano foi ao local e encontrou a colônia. Medindo 613 a 766 micrômetros de comprimento do corpo, os ácaros viviam em blocos de estacionamento de metal em um cais, de acordo com um artigo publicado em março no Species Diversity, um jornal especializado.

A nova espécie é de um tipo semelhante aos ácaros costeiros que geralmente habitam ambientes naturais ricos em temperaturas frias e se alimentam de algas e líquenes.

“A maior parte da costa japonesa ainda é inexplorada em termos de ácaros costeiros e temos certeza de que ainda há muito a ser descoberto”, acrescentou.

Apesar da percepção comum de que os ácaros são principalmente uma praga doméstica, cerca de 80% dos ácaros do mundo vivem longe dos humanos e geralmente são “inofensivos”, de acordo com Shimano.

A pesquisa conjunta foi financiada pela Sociedade Japonesa para a Promoção da Ciência e pelo Fundo Austríaco para a Ciência. A equipe publicou um artigo confirmando a nova espécie em 22 de março.

 

Fonte: Kyodo
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