Japão

Rejeição discriminatória de assistência social a brasileira em Anjo

Funcionários da cidade de Anjo, em Aichi, pediram desculpas em uma coletiva de imprensa realizada na quinta-feira (22), após descobrir-se que uma brasileira que solicitou assistência social na cidade foi rejeitada com base em informações falsas.

A mulher, de ascendência japonesa e atualmente com 42 anos, recebeu a explicação equivocada de que não poderiam ajudá-la. Além disso, os funcionários da prefeitura fizeram comentários discriminatórios, sugerindo que ela deveria voltar para o Brasil. Posteriormente, ela começou a receber assistência pública, mas apresentou um pedido aos direitos humanos da Ordem dos Advogados de Aichi.

Durante a coletiva de imprensa, o prefeito de Anjo, Motohito Mitsuboshi, pediu desculpas pelas respostas inadequadas das autoridades. A cidade havia explicado anteriormente que os funcionários não conseguiram transmitir suas intenções adequadamente porque usaram um intérprete. Após receber gravações de áudio do incidente de organizações de notícias, a cidade realizou uma nova investigação interna.

A requerente mudou-se para o Japão há cerca de 10 anos e possui residência de longo prazo. Seu marido ficou desempregado devido à pandemia de coronavírus, e ela enfrentava dificuldades financeiras ao cuidar de uma criança de 1 ano e outra na escola primária, o que a levou a procurar assistência.

O prefeito Mitsuboshi, afirmou que os funcionários não tinham intenções discriminatórias, mas não confirmou isso com eles. Ele também descartou a punição dos trabalhadores, mas posteriormente mudou sua explicação e afirmou que o julgamento caberia a um comitê terceirizado estabelecido para verificar os fatos e evitar a reincidência. O advogado da mulher criticou duramente a prefeitura, afirmando ser ultrajante o uso da palavra “deportação” e a deturpação do propósito do sistema por parte da administração do bem-estar da cidade.

Fonte / Foto: Mainichi Shimbun

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