Japão

Registro de 98 GESTANTES com COVID-19 em Tokyo

Um total de 460 mulheres grávidas testou positivo para o novo coronavírus em Tokyo entre abril de 2020 a julho deste ano, com o maior número mensal de 98 registrado no mês passado.

O estudo divulgado nesta segunda-feira (30), compilado pelo diretor do Hospital Nippon Medical School Tamanagayama, Akihito Nakai, segue o caso de uma mulher grávida que contraiu a COVID-19 em Kashiwa, província de Chiba, que não conseguiu encontrar um hospital que a internaria e perdeu seu bebê após entrar em trabalho de parto prematuramente e dando à luz em casa.

O incidente ressaltou a pressão sobre os hospitais devido à propagação explosiva do COVID-19.

Embora tenha havido apelos para melhorar as medidas para mulheres grávídas, atualmente não há dados nacionais sobre o número de gestantes infectadas com o vírus.

“Para melhorar o sistema médico, é necessário compreender o verdadeiro estado de infecção entre as mulheres grávidas”, disse Nakai.

A pesquisa, que compilou dados mensais preliminares fornecidos pelo governo metropolitano de Tokyo, descobriu que de abril do ano passado a junho deste ano, as infecções entre mulheres grávidas ficaram em torno de 3 a 50 casos por mês, mas aumentaram acentuadamente para 98 em julho.

Acredita-se que o número real de infecções seja ainda maior, já que os casos assintomáticos ou leves do coronavírus provavelmente não estão incluídos.

Das 460 gestantes relatadas como infectadas pela COVID-19 durante esse período, 438 foram hospitalizadas, enquanto 22 optaram por se recuperar em casa por motivos como cuidar dos filhos. Cerca de 79%, ou 61, das 77 que deram à luz infectadas tiveram seus bebês nascidos por cesariana.

As mulheres grávidas representavam 0,21% do número total de infecções em Tokyo em julho, menos do que os 0,62% que representam da população em geral.

“Medidas de controle de infecção apropriadas mantiveram a taxa de infecção entre mulheres grávidas baixa. Espero que as mulheres grávidas e suas famílias sejam vacinadas para que possamos continuar a prevenir infecções”, disse Nakai.

Fonte: Kyodo
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