Propagação da variante delta está acelerando no Japão
O ritmo de crescimento do número de novas infecções por Covid-19 resultantes da cepa delta coronavírus está se acelerando no Japão.
De acordo com o Ministério da Saúde, 87 casos da variante foam confirmados em 12 das 47 prefeituras do país. Inicialmente os casos foram descobertos na Índia.
O número de novos casos de variante delta na semana foi de 34, contra 24 na semana anterior e 21 na semana anterior.
Com casos da cepa delta projetados por uma estimativa para responder por mais da metade das novas infecções no Japão já em meados de julho, os especialistas estão pedindo às autoridades que fortaleçam as medidas para verificar a variante.
A variante delta é caracterizada pela mutação L452R.
Tokyo e a prefeitura de Kanagawa relataram aglomerados da variante delta.
Diz-se que a variante L452R é 50% e duas vezes mais transmissível, respectivamente, do que a cepa alfa, detectada pela primeira vez na Grã-Bretanha, e o vírus original, embora alguns especialistas discordem sobre sua infecciosidade.
Um relatório disse que a mutação L452R evita as células do sistema imunológico criadas pelo antígeno leucocitário humano-A24, que é encontrado em 60% da população japonesa. Mas alguns especialistas rejeitam essa análise.
O professor da Universidade de Kyoto, Hiroshi Nishiura, um especialista teórico em epidemiologia, disse que a variante delta é 80% mais infecciosa do que o vírus original e deve ser responsável por mais de 50% de todas as infecções domésticas em meados de julho e 80% no final de Julho.
“Agora é a hora de encontrar (casos variantes) rapidamente e controlar a propagação tomando medidas contra grupos de infecções e por meio de pesquisas epidemiológicas ativas”, disse o chefe do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas, Takaji Wakita, enquanto observa a dificuldade de prever como a variante irá espalhar.
Em sua análise baseada em um banco de dados internacional, uma equipe liderada pelo professor Kenjiro Kosaki da Universidade Keio, disse que a variante delta foi trazida para o Japão não apenas diretamente da Índia, mas também através da Grã-Bretanha ou dos Estados Unidos .
“Nem todas as variantes do coronavírus vêm diretamente dos pontos iniciais”, disse Kosaki, pedindo controles de fronteira reforçados.
Fonte: Jiji Press/Japan Times / Foto: Kyodo
