Morando no Japão

OSAKA: 1.500 Ossadas

Descoberta incrível, no centro da segunda maior metrópole japonesa Osaka onde, ossadas 1.500 corpos são achadas.
A área de reconstrução da estação de trem da JR Osaka, na parte Umekita, era o antigo “Túmulo de Umeda” entre a era Edo e Meiji (1603 a 1912).
O Conselho Municipal de Educação e Associação do Patrimônio Cultural da Cidade de Osaka, anunciaram no dia 13, que foram encontrados ossos de 1.500 corpos durante a escavação.
É a primeira vez que tantos túmulos são encontrados na cidade ao mesmo tempo e é um acontecimento raro no Japão.
Pelas características, os túmulos eram destinados às pessoas da classe popular e serão examinados para identificarem o tipo de sepultamento e o estilo de vida na época.
O “Túmulo de Umeda” começou a funcionar no início da era Edo na parte sul da estação de Osaka, e depois mudou para o lado sudoeste de Umekita. Esse cemitério faz parte do histórico “Sete Túmulos de Osaka”.
A escavação começou em 2017, com a reconstrução de Umekita e na época encontraram paredes de pedra com ossadas de 200 pessoas. A partir de setembro de 2019, iniciaram a atual fase da pesquisa e encontraram corpos em tambores de madeira, caixões de madeira e caixões de tartaruga, de forma ordenada e alguns foram enterrados após a cremação.
Alguns caixões tinham objetos dentro como: terço budista, moedas, cachimbo, bonecas de argila e dinheiro usado na época.
Na área norte do cemitério, havia uma parte separada por uma parede de pedras, onde foram encontrados alguns buracos mais fundos com vários corpos amontoados. Tudo indica que essas pessoas morreram no mesmo período, devido a peste.
Devido a forma de sepultamento e objetos encontrados, os pesquisadores acreditam que essa parte do cemitério foi usado no final da era Edo, até o ano 20 da era Meiji (por volta de 1887).
Existem várias pesquisas de sepulturas da era Edo, em Tóquio, mas é raro encontrar uma tão grande no meio da cidade.
Os estudos indicam que os corpos eram de moradores populares da cidade ao redor do Castelo de Osaka, os ossos são de jovens na média de 30 anos, incluindo crianças, 30% apresentam lesões nas mãos e pés e é possível que tiveram sífilis, muito comum na época, e tumores ósseos.
Um fato curioso é que um cemitério encontrado na cidade montanhosa de Ibaraki, em Osaka, com corpos da mesma época, a média de idade dos ossos era bem acima e não haviam lesões. Os pesquisadores ficaram surpresos com a diferença dos corpos encontrados no campo e na área urbana.
Os estudos vão continuar para analisarem o estilo de vida e as características das pessoas desse período.
As escavações serão encerradas em agosto e não será aberta ao público.

Fonte: Jornal Mainichi & ANN News

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