Japão

NATTŌ bloqueia a infecção por coronavírus

Uma enzima encontrada no nattō, um alimento japonês feito de soja fermentada conhecida por seu cheiro forte, impede a infecção pelo coronavírus.

A equipe formada de pesquisadores da Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tokyo e outras instituições, que fizeram a descoberta, dizem que é extremamente raro confirmar se os constituintes dos alimentos têm propriedades antivirais. Ainda não está claro, se comer nattō pode prevenir infecções, já que o experimento foi conduzido com células em cultura.

A infecção com o coronavírus ocorre quando proteínas de pico na superfície do vírus se ligam a certos receptores em partes da parede celular humana (ACE2). Enquanto isso, a bactéria nattō, usada para fermentar a soja, melhora o ambiente intestinal e aumenta a força imunológica.

Os pesquisadores se concentraram em uma enzima secretada pela bactéria nattō que quebra as proteínas. A equipe combinou a cepa de coronavírus que se espalhou pela primeira vez na China com um extrato da soja fermentada em um tubo de ensaio e aplicou isso no experimento para examinar se o vírus tratado infectava as células.

Eles descobriram que os constituintes do extrato quebraram as proteínas do pico na superfície do vírus e, por causa disso, as células cultivadas não foram infectadas. Os pesquisadores concluíram, que uma ou mais enzimas, ou protease, haviam destruído a superfície do vírus e prevenido a infecção das células.

Resultados semelhantes foram confirmados com a variante N501Y do coronavírus mais transmissível relatada pela primeira vez no Reino Unido. Os pesquisadores também descobriram que o extrato de nattō evitou a infecção das células que podem causar distúrbios respiratórios em bovinos.

O membro da equipe de pesquisa Tetsuya Mizutani, da Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tokyo, comentou: “Verificações adicionais são necessárias para determinar se pode ser um método para prevenir um aumento no número de pessoas infectadas se houver propriedades antivirais no nattō.”

Os resultados do estudo foram publicados no dia 13 de julho na revista acadêmica internacional Biochemical and Biophysical Research Communications.

 

 

Fonte: Mainichi   |   Foto: Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tokyo
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