Encontro entre SUGA e BIDEN acontece nesta sexta
O primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga e o presidente dos EUA, Joe Biden, devem realizar suas primeiras conversas presenciais nesta sexta-feira (16) para afirmar a cooperação em áreas que vão desde segurança e questões econômicas até mudanças climáticas em face da ascensão da China.
Enquanto os Estados Unidos buscam alistar aliados e países com interesses semelhantes para combater a crescente assertividade econômica e militar da China, Suga se tornou o primeiro líder estrangeiro convidado à Casa Branca para conversas com Biden desde que assumiu o cargo em janeiro.
As questões de segurança regional estarão no topo da agenda em meio às preocupações com a escalada das disputas marítimas da China nos mares do Leste e do Sul da China e o aumento da pressão militar sobre Taiwan, bem como com os mísseis e ameaças nucleares da Coreia do Norte.
Biden deve reiterar o compromisso dos EUA de defender as ilhas Senkaku administradas pelo Japão no Mar da China Oriental, que são reivindicadas por Pequim, enquanto os dois líderes devem discutir a importância da paz e estabilidade em torno de Taiwan, de acordo com fontes do governo japonês e um alto funcionário do governo dos EUA.
Se os dois concordarem em mencionar Taiwan em uma declaração conjunta a ser emitida após suas conversações, seria uma rara expressão pública de preocupação do nível dos líderes sobre a situação em relação à ilha democrática, com a última referência datando de 1969.
A medida certamente enfureceria Pequim, que considera Taiwan uma província renegada à espera da reunificação pela força, se necessário. A ilha autogerida é considerada um potencial ponto de ignição militar que pode levar os Estados Unidos a um conflito com a China devido às garantias de segurança que deu a Taipei.
Enquanto o governo Biden coloca a promoção dos direitos humanos no centro de sua política externa, os dois líderes também devem expressar suas sérias preocupações sobre os abusos dos direitos humanos na China contra a minoria uigur muçulmana na região de Xinjiang, segundo fontes japonesas.
Os dois provavelmente também concordarão em cooperar para buscar a desnuclearização da Coreia do Norte, após a retomada dos testes de mísseis balísticos por Pyongyang no mês passado, após um hiato de um ano.
Suga deve buscar a cooperação dos EUA para resolver a questão dos sequestros anteriores de japoneses pela Coreia do Norte.
Fonte: Kyodo
