Cresce o número de brasileiros no Japão
Por Silvio Mori com informações Nikkey e Reuters
O restabelecimento da economia do Japão e a falta de mão de obra está trazendo de volta os brasileiros a terra do sol nascente. Os dados recentes divulgados pelo Ministério da Justiça mostram um aumento no número de estrangeiros que entraram no país até o final do ano passado.
De acordo com o relatório, foi registrado a entrada de 2.730.190 estrangeiros, o que representa um aumento de 6,6% em relação ao ano anterior (2017).
A comunidade brasileira também voltou a crescer, há 10 anos atrás, cerca de 350 mil brasileiros residiam no Japão, esse número foi diminuindo com a crise econômica do país em 2008 e com o tsunami de 2011, chegando a menos que a metade. Atualmente, são 201.865 brasileiros espalhados pelas províncias que formam o arquipélago japonês, ocupando a quinta posição no ranking de estrangeiros no Japão.
A falta de mão de obra e salários considerados bons no Japão somado a crise política e econômica do Brasil tem atraído os nikkeys de volta ao outro lado do mundo.
O carioca Marcio Shiguero (32 anos), foi embora em 2011 depois do tsunami e retornou há um mês. Ele afirma que não sabe quanto tempo vai ficar no Japão e a atual situação do Brasil motivou a volta. “O Brasil se encontra em difícil situação, atravessa uma crise política, econômica e social”, declarou.
O número de vagas de emprego tem chamado a atenção e despertado o interesse de quem já foi embora do Japão há mais de 20 anos. É o caso de Eliza Junko Gonda Okimoto, que veio de Mato Grosso do Sul e desembarcou em Shimane.
Okimoto deixou o Japão na década de 90 e retornou há um mês. A situação do Brasil e a vontade das filhas em conhecer o Japão foram determinantes para mais um vez trabalhar no Japão. “Devido a crise em que o país passa e as minhas filhas queriam muito vir, não pensei duas vezes e partir para cá”, relatou.
A expectativa do governo é que o número de estrangeiros aumente ainda mais a partir de abril, com a mudança da Lei de Imigração, medidas que foram adotadas para suprir a falta de mão de obra no Japão.