Internacional

COREIA DO NORTE: Operações do principal reator nuclear

A Coreia do Norte parece ter retomado as operações de seu principal reator nuclear em Yongbyon, informou a agência atômica da ONU, já que as negociações de desnuclearização do país com os Estados Unidos estão paralisadas há cerca de dois anos.

O último relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), datado de 27 de agosto, indica que o líder norte-coreano Kim Jong Un vem tentando aumentar a capacidade militar de seu país, enquanto se abstém de testes de mísseis balísticos intercontinentais e nucleares.

Desde o início de julho, há indícios de que a Coreia do Norte reiniciou as operações de um reator de 5 megawatts no complexo nuclear de Yongbyon, ao norte de Pyongyang, disse a AIEA. Acredita-se que as operações do reator tenham sido suspensas por volta de dezembro de 2018.

Os Estados Unidos acreditam que o relatório ressalta a “necessidade urgente de diálogo e diplomacia” com a Coreia do Norte para alcançar a desnuclearização completa da Península Coreana, disse um representante do governo do presidente Joe Biden.

“Continuamos a buscar o diálogo com a Coreia do Norte para que possamos abordar esta atividade relatada e toda a gama de questões relacionadas à desnuclearização”, acrescentou o representante. DPRK é a sigla para República Popular Democrática da Coreia, o nome oficial da Coreia do Norte.

O representante também disse que os Estados Unidos estão coordenando de perto com seus aliados e parceiros os desenvolvimentos em relação à Coréia do Norte, aparentemente se referindo a países como Japão e Coréia do Sul.

O governo Biden, que anunciou no final de abril o final de sua revisão de política de meses para a Coreia do Norte, prometeu adotar uma “abordagem calibrada e prática” que explorará a diplomacia com Pyongyang.

Administrações anteriores dos EUA tentaram desnuclearizar a Coreia do Norte sem sucesso, incluindo o antecessor de Biden, Donald Trump, que se envolveu em uma diplomacia de cúpula sem precedentes com o líder norte-coreano.

Em sua cúpula em Hanói em fevereiro de 2019, Kim e Trump não chegaram a um acordo sobre a lacuna entre a insistência de Washington na desnuclearização e a demanda de Pyongyang por alívio das sanções econômicas.

Trump disse que Kim se comprometeu a desativar “totalmente” o complexo nuclear de Yongbyon, usado para produzir combustível para armas, mas o levantamento das sanções exigiria que Pyongyang acabasse com as outras instalações e programas nucleares, incluindo os não declarados.

Enquanto isso, durante uma reunião do partido no poder em janeiro de 2021, Kim prometeu fortalecer as capacidades militares de seu país e aumentar seu arsenal nuclear.

 

 

Fonte: Kyodo
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